Ombro Congelado - Capsulite Adesiva
O que é?
O ombro congelado, ou capsulite adesiva, é uma condição patológica onde ocorre principalmente a rigidez do ombro, que se caracteriza pela perda dos movimentos do ombro, associado a dor. Ocorre um processo inflamatório na cápsula articular do ombro (capsulite) associado a um espessamento e adesão desta aos tecidos circunjacentes (adesiva).

Causas
O ombro congelado primário, ou capsulite adesiva idiopática, apresenta basicamente 3 estágios. O estágio 1 é onde ocorre a fase inflamatória, com a formação do processo de inflamação cursando com dor, que se inicia de forma leve e pode evoluir para dor intensa e limitante. A seguir a doença progride para o estágio 2, chamado de fase de congelamento. Neste estágio ocorre a melhora do quadro de dor e se inicia a perda dos movimentos do ombro. O estágio 3 é a fase de descongelamento onde começa a remissão da doença, com recuperação dos movimentos. Todo o processo, incluindo os 3 estágios, pode levar de 4 a 20 meses sendo que muitas vezes é dificil individualizar cada estágio, estando estes sobrepostos.
Evolução da doença
O ombro congelado pode surgir de causas primárias, chamadas de idiopáticas, onde não se acha um fator causador da doença, ou de causas secundárias, que são devido a trauma ou cirurgia no ombro ou diabetes. A causa exata do problema é desconhecida, mas acredita-se que que um processo inflamatório e de cicatrização com atividade celular inapropriada leve ao desenvolvimento de cicatrização e aderências fazendo com que haja contratura da cápsula. Mulheres são acometidas 2 vezes mais que homens e diabéticos tem 4 vezes mais chances de terem a doença.
Diagnóstico
O diagnóstico do ombro congelado é essencialmente clínico, feito pela história associado ao exame físico onde é constatado importante perda de amplitude de movimento. Os exames complementares, como o RX ou ressonância visam excluir outras possíveis causas de perda de movimento e dor no ombro como por exemplo a osteoartrite.
Tratamento
A capsulite adesiva idiopática tem uma evolução favorável, resultando em total regressão do quadro sem tratamento ou com programa de fisioterapia adequado. Em pacientes com quadro de dor intensa mas com pouca perda de amplitude de movimento a injeççao de corticóides intra articulares pode provocar alívio e reduzir o curso da doença. Um outro método ambulatorial que pode ajudar a diminuir o tempo de duração da doença assim como aliviar a dor é o bloqueio do nervo supraescapular, que consiste em injeção de anestésico em ponto específico do ombro que provocará alívio da dor, podendo ser realizado quinzenalmente.
